terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sopro do vento.


Quero ser e procurar muito mais do que limita o mundo: antes que o bater do coração desvaneça, antes que as nuvens desçam e que o amaine.
Gritai mais forte gente: Se assim se sacode o mundo e amenizar a dor. Se assim se rasga o céu que tem asas e se distancia de nós.
Quero procurar o compasso da nossa música: mas dissipam-se os pensamentos e resta apenas a imagem nítida que esboças na leveza dos teus membros e do teu olhar.
Quero recordar: mas são arrancadas memórias que me despejam para o vazio. E amarei a dor, à espera que sobre mim se despeje a alma em forma de lençol.
Quero sonhar: mas é simples o balouçar da brisa que me distrai do mundo em que piso os pés.
Quero estender um sorriso até bem longe: mas estou suspensa no tempo, entre as paredes que me vigiam e me obrigam.
Quero [re]viver: mas qualquer sopro do vento é suficiente para levar dos olhos as imagens, para me deixar levar. Mas qualquer sopro do vento traz consigo sonhos e liberdades...

Mariana Bica.

2 comentários:

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